O Concílio Ecumênico Vaticano II não poderia esquecer a educação, pois a igreja sempre foi considerada a grande mestra da vida. À luz da palavra de Deus ela construiu sua pedagogia, porque evangelização e educação caminham de mãos dadas na formação do ser humano. A declaração Gravissimum Educationis, o legado do concílio para essa necessidade da vida humana, assim se inicia: “O sagrado concílio ecumênico considera atentamente a importância capital da educação para a vida do homem e sua influência sempre maior sobre o progresso social da nossa época”.
Não obstante franquezas e limitações fazerem parte da natureza humana, Jesus convocou seu seguidores à perfeição, dando-lhes como referência a perfeição do Pai: “Sede perfeitos assim como o Pai celestial é perfeito”. A caminhada entre as imperfeições humanas e a perfeita divina é uma aprendizagem de toda a vida, efetivada exatamente pela educação auxiliadora pela graça de Deus. Daí ser ela considerada um direito humano universal. Está no documento: “Os homens todos de qualquer raça, condição idade, em virtude da dignidade de sua pessoa, gozam do direito inalienável à educação que corresponda à sua finalidade, à índole, à diferença de sexo, e se acomode à cultura e às tradições nacionais e, ao mesmo tempo, se abra à convivência fraterna com outros povos, favorecendo a união verdadeira e a paz na terra”.
Nesse parágrafo está claro que a educação não é um favor prestado, porém um dever da família, da sociedade e da igreja para uma formação humana completa.
Mais adiante, a Gravissimum Educationis se volta mais para o povo de Deus, sublinhando: “Todos os cristãos que, pela regeneração da água e do Espírito Santo, se tornaram nova criatura e são chamados filhos de Deus têm direito à educação cristã”.
Sobre o referido documento, cuja importância e qualidade o fazem merecedor de uma leitura integral de qualquer um de nós, porque na verdade, todos somos educadores.
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