(Luz dos Povos)
Ao longo deste ano jubilar, vamos recordar o Concílio Vaticano II, comentando alguns documentos. Hoje abordaremos a constituição dogmática Lúmen Gentium (LG), que apresenta o perfil de uma Igreja renovada pelo Espírito Santo e encarnada na realidade de seu tempo; uma Igreja-Povo de Deus, dinâmica e participativa, capaz de anunciar o Reino inserida numa história desafiadora como a nossa.
A abertura da LG se faz a definição da Igreja: “Sacramento, ou sinal, e instrumento da íntima união com Deus e da unidade de todo o gênero humano”.
As palavras “instrumento” e “sinal” já apontam para a missão eclesial de promover e visibilizar a união do ser humano com Deus e dos seres humanos entre si.
Apresenta as várias imagens da Igreja, também em sua dimensão de Povo de Deus, responsável pela nova aliança selada na cruz e revivida a todo instante pela eucaristia. Como novo Israel, cabe-lhe peregrinar pelas estradas do tempo, conduzindo a humanidade à bem-aventurança eterna. É formada de vários segmentos, como bispos, padres, religiosos e leigos, cada um com seu carisma, unidos por uma só meta: transformar o mundo em reino de Deus. LG destaca a figura do leigo, dizendo que “estes, pelo batismo, foram incorporados a Cristo, constituídos no povo de Deus e a seu modo feitos participantes do múnus sacerdotal, profético e régio de Cristo”. Mais adiante detalha a identidade do leigo:
“É, porém, específico dos leigos, por sua própria vocação, procurar o Reino de Deus, exercendo funções temporais e ordenando-as segundo Deus”.
“Podemos ressaltar que a Igreja proposta pelo Vaticano II não é uma Igreja triunfalista nem dominadora. Ela não existe para se impor, mas para servir, procurando a unidade por meio do diálogo, da solidariedade e do compromisso com seres humanos, especialmente com os mais sofridos no mundo”
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