11. O Concílio de Trento já reconhecera o grande valor catequético da celebração da Missa, mas não pudera tirar todas as suas conseqüências para a vida prática. Muitos, na verdade, pediam que se permitisse o uso da língua vernácula na celebração do Sacrifício Eucarístico. Porém, por ocasião deste pedido, o Concílio, tendo em conta as circunstâncias daquele tempo, julgou dever reafirmar a doutrina tradicional da Igreja, segundo a qual o Sacrifício Eucarístico é antes de tudo uma ação do próprio Cristo, cuja eficácia não depende do modo de participação dos fiéis. Por isso, ele se exprimiu com estas palavras firmes e moderadas: "Ainda que a Missa contenha um grande ensinamento para o povo fiel, os Padres não julgaram oportuno que seja celebrada em língua vernácula indistintamente"E condenou quem julgasse ser reprovável "o rito da Igreja romana, onde parte do Cânon e as palavras da consagração são proferidas em voz baixa; ou que a Missa devesse ser celebrada somente em língua vernácula" Contudo, ao proibir o uso da língua vernácula na Missa, ordenou aos pastores de almas que o substituíssem pela catequese em momento oportuno: "Para que as ovelhas de Cristo não sintam fome..., ordena o Santo Sínodo aos pastores e a todos os que têm cura de almas que freqüentemente, durante a celebração da Missa, por si mesmos ou por outrem, expliquem alguns dos textos que se lêem na Missa e ensinem entre outras coisas algo sobre o mistério do Santíssimo Sacrifício, principalmente nos Domingos e festas".
língua vernácula
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Vernáculo é o nome que se dá à língua nativa de um país ou de uma localidade.
O termo tem origem no latim vernaculum, proveniente de verna: assim era denominado o escravo nascido na casa do senhor.
Séculos atrás os estudos científicos, filosóficos ou religiosos publicados na Europa Ocidental eram tipicamente escritos em latim. Já os trabalhos escritos em uma língua local, como o italiano, o espanhol ou o alemão eram denominados de escritos em vernáculo.
- Língua vernacular e língua litúrgica
Podemos nos referir a uma língua vernacular em contraste com uma língua litúrgica. Como exemplo, até o início da década de 1960, os católicos romanos de rito latino assistiam a missas celebradas em latim, ao invés da língua de seus países ou regiões. Até hoje, a igreja copta celebra suas liturgias em língua copta. Já a Igreja Ortodoxa Etíope celebra liturgias na língua ge'ez.
A Reforma Protestante pregava a leitura vernacular da Bíblia e de outros escritos religiosos em detrimento da leitura ortodoxa da Igreja. Já a igreja católica romana só permitiu o uso de de línguas vernáculas em suas liturgias a partir da década de 1960, com o Concílio Vaticano II.
Atualmente, a expressão vernacular tem sido usada em publicações nas quais se busca reproduzir a linguagem coloquial da classe média ou da classe trabalhadora. Em alguns casos, isto significa a inclusão de gírias ou de expressões coloquiais regionais.
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