“O querer-crer e o querer-amar”

“Sem Deus, o homem não sabe para onde ir e não consegue sequer compreender quem seja”

"Crer para poder entender e entender para crer" Is 7,9

"O querer-crer e o querer-amar" ‘Saint Augustin’

Nova Evangelização – Espiritualidade e Carisma fé, Dom de Deus

“Nova Evangelização – Espiritualidade e Carisma – Fé e Graça, Dom de Deus”

E-mail: Catequista Sandro

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A nova evangelização desafio

Música - Toca em vida espírito santo

Toca em minha vida Espirito Samto

Nova evangelização

Vem eu mostrarei

força de Deus

Eu navegarei

Tudo se torna facil ao amor

Alma humana - Santo Agostinho

Ser catequista

“Ser catequista é fazer “arder o coração”, como, felizmente, aconteceu com os dois discípulos de Emaús, quando Jesus lhes explicava as Escrituras” Lc 24,32

“Eu também fui conquistado por Jesus Cristo” Fl 3,12

Entrar na Intimidade de Deus

Olhos de esperança

Deus ainda meouve

“Quando ninguém mais me escuta, Deus ainda me ouve.

Quando já não posso falar com ninguém, nem invocar mais ninguém,

a Deus sempre posso falar. Se não há mais ninguém que me possa ajudar,

por tratar-se de uma necessidade ou de uma expectativa

que supera a capacidade humana de esperar,

Ele pode ajudar-me. Se me encontro confinado numa extrema solidão,

Deus ainda me ouve. O orante jamais está totalmente só...”

Vocação - Video

A igreja sem jovens

Ser catequista II

“O Senhor transformou minha maneira de valorar as coisas”

As pérolas de ontem, diante de Cristo são insignificantes.

Ele é a pérola de maior valor, a luz de intenso brilho; nossa razão de viver”

“Tu me seduziste, Senhor, e eu me deixei seduzir.

Foste mais forte do que eu e venceste” Jr 20,7

A verdadeira Sabedoria

Viverr a paternidade de Deus

Pai e filha

meu filho deus que lhe proteja

Salmo 27,10

Viver

Viver a experiência da paternidade de Deus

Só quem se deixou e se deixa evangelizar, só quem é capaz de se deixar renovar espiritualmente pelo encontro e pela comunhão de vida com Jesus Cristo, pode evangelizar

Pai com menina

A Palavra se fez Sacramento

“Fé: o encontro e a comunhão com o Cristo”

“Fé: o encontro e a comunhão com Cristo!”

“É preciso estimular a fé, e fortalecer a confiança na descoberta da

providência divina na vida cotidiana, a fidelidade à vontade de Deus”.

Estimular a fé

“Há um Ser, muito mais sublime do que o nosso espírito e a nossa razão. Ele é a própria Verdade”

Há um Ser, muito mais sublime do que o nosso espírito e a nossa razão.

Ele está diante de ti: é a própria Verdade”

*Santo Agostinho - O Livre-Arbítrio II,13,35*

Imagem Oração da manhã

Pela manhã te buscarei

Reze Comigo Oração da manhã

Reze Comigo

Oração da Manhã

"Senhor, no silêncio deste dia que amanhece, venho pedir-Te força, sabedoria, paz. Quero olhar hoje o mundo com olhos cheios de amor; ser paciente, compreensivo, justo, equilibrado; quero ver, além das aparências Teus filhos, como Tu os vês, e assim só ver o bem em cada um. Cerra meus ouvidos a toda a calúnia, guarda minha língua de toda a maldade. Que só de concórdia viva o meu espírito. Seja eu tão bom e alegre que todos quantos se achegarem a mim sintam a Tua presença. Reveste-me interiormente de Tua beleza Senhor,

e no decurso deste dia eu Te revele a todos”

Oração

Que o Senhor esteja a tua Frente para te Conduzir...

Ao seu Lado para te Acompanhar...

Dentro de Ti para te Iluminar...

Atrás de Ti para te Proteger...

Sobre Ti para te Abençoar...

Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo

Amém, Amém, Amém!

Foto concíllio

Concilio Vaticano II Parte I

2012: 50 ANOS DO VATICANO II

“Quem deseja a felicidade de alguém deve ajudá-lo a ser feliz!”

Para nossa Igreja, 2012 é ano jubilar: nele se celebram 50 anos da abertura do maior acontecimento eclesial do século XX, o Concílio Ecumênico Vaticano II, inaugurado em 11/10/1962 pelo papa João XXIII e encerrado em 08/12/1965 pelo papa Paulo VI.

Saiam de suas comunidades

Concilio Vaticano II Parte 2

Na primeira sessão, o papa João XXIII condensou o espírito do concílio nesta declaração:” Sempre a Igreja se opôs aos erros; muitas vezes até os condenou com maior severidade. Nos nossos dias, porém, a Esposa de Cristo prefere usar mais o remédio da misericórdia que o da severidade”.

“Está claro que a prioridade do Vaticano II não foi doutrinária,

mas preferencialmente pastoral”

Aggiornamento, isto é, atualização, foi a palavra-chave e fundamental do concílio. Dom Benedito Beni dos Santos cita como objetivos do Vaticano II: apresentar uma noção clara da Igreja, renová-la, restaurar a unidade dos cristãos e tratar de presença da Igreja no mundo. Acerca desta última meta, dom Aloísio Lorscheider assim se pronunciou: “A inserção no mundo não é para dominá-lo, mas para servi-lo. O que nos aproxima do mundo não é a busca de privilégios ou do poder, mas o zelo apostólico que deseja ver a todos saudáveis no corpo e na alma. “Trata-se de esquecer a si mesmo para tornar felizes os outros”.

O inesquecível beato papa João XXIII teve a coragem e a esperança de iniciá-lo. Cabe-nos continuar o aggiornamento da Igreja na realidade do terceiro milênio.

O fenômeno religioso é complexo

O fenômeno religioso é complexo

e são muitos os caminhos pelos quais os humanos se orientam para Deus”

* MEDELLÍN – 1968 *

Ladainha de todos os Santos

A verdadeira felicidade está na vida eterna

A verdadeira felicidade está na vida eterna,

e somente Deus nos poderá conceder

"Ele é a plenitude de todo ser.

É somente em Cristo que o homem encontra sua alegria perfeita"

Verbum Domini

“Não podemos anunciar a palavra de Deus sem tê-la meditado no silêncio da alma”

“Deus nos fala por meio da Bíblia que é a maneira mais direta para ouvirmos a Ele”

“A Verdade imutável de Deus, nos fala de modo inefável”

“A Verdade imutável de Deus, nos fala de modo inefável”

Nada te perturbe,

nada te amedronte.

Tudo passa,

a paciência tudo alcança.

A quem tem Deus nada falta.

Só Deus basta!

"Bendito sejais para sempre, porque, mesmo quando Vos deixei,

Vós não vos afastastes de mim por inteiro,

Dando-me sempre a mão

Para que eu voltasse a me levantar;

Muitas vezes, Senhor, eu não a queria,

Nem procurava entender porque tantas vezes

Me chamáveis de novo". (Vida 6,9)

Santa Teresa de Jesus

Eternidade

Pomba

Recebei a Unção do Espírito Santo

pomba

Ó Pai, o Espírito Santo que de vós procede

ilumine nossas inteligências

para conduzi-las à plenitude da verdade,

segundo a promessa do vosso Filho.

Que convosco vive e reina,

na unidade do Espírito Santo

"Recebe, por este sinal, o Espírito Santo, o Dom de Deus"

Sabedoria, Entendimento, Fortaleza, Conselho, Ciência, Piedade, Temor de Deus

“Convertei-vos e crede no Evangelho”

Jesus

Não há evangelização verdadeira

“Não há evangelização verdadeira enquanto não se anunciar,

a vida, as promessas, o reino, o mistério de Jesus de Nazaré, Filho de Deus” EN 22

Santo Agostinho

Semem do Espírito Santo

Nenhuma cópula humana desvendou os segredos do útero virginal

“Nenhuma cópula humana desvendou os segredos do útero virginal, mas um sêmem imaculado foi depositado pelo Espírito Santo no útero inviolável.

O Senhor Jesus, o absolutamente santo entre os nascidos de mulher, é o único que, pela novidade do parto imaculado, não conheceu o contágio da corrupção terrena e o rechaçou com sua celestial majestade”

Santo Agostinho - Santo Ambrósio – A Graça I. pág. 316.

Terço

Mulher sábia

Em cada mulher

mulher

mulher

As quatro fases de uma espiritualidade

com a Palavra de Deus

“Leitura, Meditação, Oração, Contemplação”

“A sede de Deus e a sua procura na oração e contemplação, à imitação de Maria, que guardava em seu coração as palavras e os atos de seu Filho”

“Maria estrela da evangelização e virgem de pentecostes”

“Reze comigo contemplação de Maria”

“Salve Rainha, Mãe de misericórdia, vida, doçura, esperança nossa, salve! A vós bradamos, os degredados filhos de Eva. A vós suspiramos, gemendo e chorando neste vale de lágrimas. Eia, pois, advogada nossa, esses vossos olhos misericordiosos a nós volvei! E depois deste desterro, mostrai-nos Jesus, bendito fruto de vosso ventre, ó clemente,

ó piedosa, ó doce sempre Virgem Maria!

Rogais por nós, Santa Mãe de Deus! Para que sejamos dignos das promessas de Cristo!”

Amém, Amém, Amém

“E o que há de mais imaculado e mais puro,

que o ventre da Virgem Maria”

Bendito seja Deus. Bendito seja seu santo nome. Bendito seja Jesus Cristo, verdadeiro Deus e verdadeiro homem. Bendito seja o nome de Jesus. Bendito seja o seu sacratíssimo Coração. Bendito seja seu preciosíssimo Sangue. Bendito seja Jesus Cristo no Santíssimo Sacramento do Altar. Bendito seja o Espírito Santo, Paráclito. Bendita seja a grande Mãe de Deus, Maria Santíssima. Bendita seja a sua Gloriosa assunção. Bendita seja a sua santa e Imaculada Conceição. Bendito seja o nome de Maria, Virgem e Mãe. Bendito seja São José, seu castíssimo esposo. Bendito seja Deus nos seus anjos e nos seus santos.

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Sagrada Escritura e Catequese - Vanessa Roberta Massambani Ruthes



SAGRADA ESCRITURA E CATEQUESE
Vanessa Roberta Massambani Ruthes1



Resumo: A relação entre a Sagrada Escritura e a Catequese é essencial para a formação
religiosa do cristão. Contudo há uma série de questões que devem ser observadas e
compreendidas para que a Revelação aconteça gradativamente em todo esse processo
formativo. Compreender e diferenciar as diversas linguagens da Escritura, ter em mente os
critérios de utilização da Sagrada Escritura, perceber os sentidos e tipos de leitura, são ações
importantes para o catequista, para o formador na fé. Pois a Escritura se constitui alimento
saudável e vigor santo, não somente para esse, mas também para todos aqueles que com seu
trabalho pastoral ao iniciados no mistério da fé.



Palavras-chave:

Sagrada Escritura, Catequese, Revelação, Iniciação.

A Sagrada Escritura é, por excelência, o livro que contém a Revelação que Deus fez
aos homens através de suas ações e palavras. A Catequese, por excelência, é a atividade de
transmissão desta Revelação.
A união das duas: Sagrada Escritura e Catequese, auxiliam na promoção do
conhecimento de Jesus Cristo. Não um conhecimento somente intelectual ou afetivo, mas sim
vital: que dê sentido à vida. O catequizando necessita encontrar-se com a pessoa de Jesus
Cristo e assumir a sua Missão. Deve amá-lo e segui-lo em situações concretas da vida. Deve
saber buscá-lo na oração e sobre tudo na oração em comum ou Liturgia. Por fim, deve levá-
Lo ao mundo, a ambientes e circunstâncias que lhe são próprias.
Assim, para uma melhor compreensão da relação que deve haver entre as duas,
analisar-se-á cinco pontos que delinearão um itinerário para a adequada utilização da Sagrada Escritura na Catequese.


1. O lugar da Sagrada Escritura na Catequese

Os documentos da Igreja que tratam sobre a Catequese ressaltam a importância
fundamental da Sagrada Escritura. O último documento publicado em nosso país: Diretório
Nacional de Catequese, não foge a regra. Ele afirma: “A fonte da (...) Catequese é a Palavra
de Deus”2. Um documento anterior, o Catequese Renovada, enfatiza a atenção especial que
1 Graduada em Filosofia, Especialista em Bioética e em Ética em pesquisa com seres humanos. Agente de Pastoral, membro ativo do comitê de ética em pesquisa da PUCPR. Membro do Grupo de Pesquisa em Bioética e Teologia, membro do Programa de Pós-Graduação em Bioética da PUCPR.

2 DIRETÓRIO NACIONAL DE CATEQUESE. 2006. 25. (DNC).devemos dar à Sagrada Escritura3 incluindo, em todo o itinerário catequético, “estímulos e orientações com vista a uma leitura da Bíblia”4. Nesta mesma linha de pensamento, o Papa João Paulo II escreve na Exortação Apostólica Catechesi Tradendae: “A catequese há de esgotar sempre o seu conteúdo na fonte viva da Palavra de Deus, transmitida na Tradição e na Escritura”5. Sendo que, neste ponto surge um novo e essencial elemento: a Tradição. Ela se constitui o grande caminho percorrido pela Igreja, este iniciado no Pentecostes e prolongado pela História, pelo qual devemos caminhar para que em comunhão possamos interpretar a Escritura. Desta maneira a Palavra de Deus é amplamente entendida, pois não está somente presente na Escritura, mas na doutrina dos Santos Padres, na Liturgia, no Magistério dos Sacerdotes, no testemunho de tantos santos, no trabalho missionário, na religiosidade popular e na caridade6. Tal dimensão é demonstrada novamente no Concílio Vaticano II, a partir da Constituição Dogmática Dei Verbum: sobre a Sagrada Revelação. Ela nos propõe: “a genuína doutrina sobre a Revelação divina e sua transmissão”7. Sendo que esta doutrina se baseia na relação íntima entre a Sagrada

Tradição e a Sagrada Escritura: A Sagrada Escritura é a Palavra de Deus enquanto foi escrita por inspiração do Espírito Santo; a Sagrada Tradição, por sua vez, transmite integralmente aos sucessores dos Apóstolos a Palavra de Deus confiada por Cristo Senhor
e pelo Espírito Santo [à eles], para que, com a luz do Espírito de verdade, a conservem, a exponham e a difundam fielmente na sua pregação”8. Desta maneira cabe ressaltar que o Catolicismo não é uma religião ‘do livro”, como o Islamismo, pois a Palavra que a Sagrada Escritura contém se revela na encarnação do próprio Cristo, o Verbo que se fez carne9. Como afirma o Catecismo da Igreja: Todavia, a fé cristã não é uma ‘religião do Livro’. O Cristianismo é a religião da ‘Palavra’ de Deus, ‘não de um verbo escrito e mudo, mas do Verbo encarnado e vivo’. Para que as Escrituras não permaneçam letra morta, é preciso que Cristo, Palavra eterna de Deus vivo, pelo Espírito nos ‘abra o espírito à compreensão das Escrituras’.10

3 CATEQUESE RENOVADA. 2006. 85. (CR)
4 CR. 88.
5 CATECHESI TRADENDAE. 2006. 27. (CT)
6 Cf. DNC. 25.
7 CONSTITUIÇÃO DOGMÁTICA DEI VERBUM. 2000. 1. (DV)
8 DV. 9.
9 Cf. João 1, 14.

10 CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA. 1993. 108. (CIC). A catequese, fiel nesta dimensão, encontra seu alimento saudável e força11.
“Falar da Tradição e da Escritura como fonte da catequese é já acentuar que
esta tem de ser impregnada a penetrada pelo pensamento, pelo espírito e
pelas atitudes bíblicas e evangélicas, mediante um contato assíduo com os
próprios textos sagrados; e é também recordar que a Catequese será tanto
mais rica e eficaz quanto mais ela ler os textos com a inteligência e o
coração da Igreja, e quanto mais ela se inspirar na reflexão e na vida da
Desta”12.
Assim, deve-se levar o catequizando a um contato com a Palavra na leitura e
meditação pessoal ou comunitária e à compreensão da celebração desta, na Liturgia. Para que: “ouvindo acredite na mensagem da salvação, acreditando espere e esperando ame”13.

2. Catequese e Revelação
Quando se fala da Revelação Divina deve-se ter em mente que essa aconteceu
gradativamente na História do Povo de Deus. Como afirma São Paulo em sua Carta aos
Hebreus: “Muitas vezes de modos diversos, falou Deus outrora a nossos pais pelos profetas.
Nos últimos dias nos falou pelo Filho, que constituiu herdeiro de tudo”14.
O Catecismo da Igreja Católica fala de etapas da Revelação.
O projeto divino da Revelação realiza-se ao mesmo tempo por ações e por
palavras, intimamente ligadas entre si e que se iluminam mutuamente. Este
projeto comporta uma pedagogia divina peculiar: Deus comunica-se
gradualmente ao homem, prepara-o por etapas a acolher a Revelação
sobrenatural que faz de si mesmo e que vai culminar na Pessoa e na Missão
do Verbo encarnado Jesus Cristo15.

Assim, pedagogicamente divide-se a Revelação em cinco etapas:

a) Desde a Origem16.
b) A Aliança com Noé17
c) Deus elege Abraão18
d) Deus forma um Povo19.
11 Cf. CR 85; DV 4.
12 CT 27.
13 DV 1.
14 Hebreus. 1, 1-2.
15 CIC 53.
16 Cf. CIC 54-55.
17 Cf. CIC 56-58.
18 Cf. CIC 59-61.
19 Cf. CIC. 62-64.

e) Deus fala através do seu Verbo20.
O Catecismo lembra também que não há outra Revelação ou outra forma ou etapa
posterior da Revelação, pois em Cristo a Revelação Divina fora plenamente realizada21. Como
afirma São João da Cruz: “A partir do momento em que nos deu o seu filho, que é a sua única
e definitiva Palavra, Deus nos disse tudo, de uma só vez nessa Sua Palavra e não tem mais
nada a dizer”22.
Neste ponto poder-se-ia questionar: qual a importância da Revelação? Como diz a
primeira Carta a Timóteo: “Deus, nosso Salvador, quer que todos os homens sejam salvos e
cheguem ao conhecimento da verdade”23. Assim é necessário que Cristo seja anunciado a
todos os povos. Mas deve-se ter em mente que a Revelação não é apenas um conhecimento
conceitual, cultural ou mesmo cultual de Deus. Mas sim, um conhecimento interno que gera
uma identificação com Ele: “a Sagrada Tradição e a Sagrada Escritura são como um espelho
no qual a Igreja peregrina na terra contempla a Deus (...) até ser conduzida a vê-lo face a
face tal qual Ele é”24. Assim a Revelação deve ir ao contexto vital da pessoa. Contudo,
também não se pode esquecer que ela se dá de forma gradual e quem a processa é o próprio
Cristo. Sendo que aqui surge uma outra pergunta: como ela se processa, então? Para elucidar
isso tomar-se-á um exemplo que é dado pelo próprio Cristo em seu encontro com a
samaritana.
Na passagem do Evangelho de São João capítulo 4, versículos de 5 à 30 encontra-se
essa narrativa da qual se pode retirar algumas etapas por meio das quais a Revelação se dá:
· Jesus e a samaritana no poço: “Chegou, então, a uma cidade da Samaria, chamada
Sicar, perto da região que Jacó havia dado ao seu filho José. Ali se achava a fonte de
Jacó. Fatigado da caminhada Jesus sentou-se junto à fonte. (...) Uma mulher da Samaria
chegou para tirar água”25. Nesta etapa encontra-se três aspectos importantes para a
Revelação: a Tradição (simbolizada pelo poço, no qual muitas gerações vieram buscar
água, buscar a vida, uma vida nova), a Escritura (simbolizada pela presença do Cristo, a
Palavra encarnada do Pai, que Revela o Pai) e a humanidade (simbolizada pela
samaritana, que busca e espera pela Revelação do Messias, mas que sem essa vive errante
sua vida).
20 Cf. CIC 65.
21 Cf. CIC 66. 73.
22 LITURGIA DAS HORAS, 2ª semana do advento, 2ª feira, ofício de leitura.
23 1Timóteo. 2, 3b-4
24 DV.7.
25 João. 4, 5-7a.


· Jesus vem ao encontro e estabelece um diálogo: “Dá-me de beber!”26. As barreiras se
rompem, Deus vem ao encontro da humanidade, vem ao encontro de cada um de nós.
· Dos preconceitos e crenças religiosas Ele vai até o contexto existencial: “Como, sendo
judeu, tu me pedes de beber, a mim que sou samaritana? Jesus respondeu: Se conhecesses
o dom de Deus e quem é que te diz: Dá-me de beber, tu é que lhe pedirias e ele te daria
água viva! (...) És, porventura maior que nosso pai Jacó, que nos deu este poço, do qual
ele mesmo bebeu? (...) Jesus lhe respondeu: Aquele que bebe desta água terá sede
novamente; mas quem beber da água que lhe darei, nunca mais terá sede. (...) Disse-lhe a
mulher: Senhor dá-me dessa água, para que eu não tenha mais sede, nem tenha que vir
mais aqui para tirá-la! Jesus disse: Vai, chama teu marido e volta aqui. A mulher
respondeu: Não tenho marido”27. A Revelação passa por todo um diálogo interior de
análise de existencial, um confronto daquilo que se vive, com aquilo que se propõe para
que se viva.

· O Anseio e a Revelação: “A mulher lhe disse: Sei que vem um Messias. Quando ele vier,
nos explicará tudo. Disse-lhe Jesus: Sou eu, que falo contigo.”28. Depois do confronto
interior há o desejo do conhecimento, o desejo da Revelação, e eis o momento favorável,
pois percebendo a vida de forma clara, está-se pronto para encontrar a Verdade que é o
próprio Cristo, aquele que Revela o Pai.

· Os frutos da Revelação: “A mulher deixou então o seu cântaro e correu à cidade,
dizendo a todos: Vinde ver um homem que me disse tudo o que fiz. Não seria ele o Cristo?
Eles saíram da cidade e foram ao seu encontro.”29. Uma primeira atitude do fiel é
anunciar, é buscar a comunidade para com ela caminhar, vivendo um itinerário de fé no
qual Deus continua se revelando.

Na dimensão catequética a Revelação se dá de duas formas: pelo Querigma e pela
Catequese em si. A primeira é o anúncio solene de Jesus Cristo e sua Salvação, a segunda
vem depois, e se constitui a educação na fé. Contudo, aqui se tem um problema: Muitas vezes
temos uma Catequese sem Querigma e sem este não vai existir interesse em seguir a Cristo,
nem em ouvir a sua proposta. Assim é necessário somar essas duas realidades e tornar a
catequese não só a responsável pela educação na fé, formando a pessoa perante o Mistério,
mas aquela que também apresenta Jesus como caminho, verdade e vida. Assim, os
26 João. 4, 7b.
27 João. 4, 9-10. 12-14a. 15-16
28 João. 4, 25-26
29 João. 4, 28-30.

catequizandos inseridos em um itinerário de iniciação, no qual gradualmente vão crescendo
no conhecimento do Messias Salvador, nos conteúdos da fé e no amadurecimento de sua
relação com Deus, se abrem à Revelação30.

3. Diversas Linguagens da Escritura:

A linguagem da Sagrada Escritura é múltipla e rica e a compreensão de alguns
aspectos desta multiplicidade são interessantes na descoberta dos elementos da Revelação e
da Escritura como Revelação. Aqui abordar-se-á seis tipos de linguagem:

· Linguagem Tipológica: este tipo de linguagem usa um elemento (fato, pessoa ou
acontecimento) como referência a um elemento mais importante. Por exemplo, na
passagem do cordeiro preso pelos chifres, sobre o Monte Moriá, pego por Abraão e
sacrificado no lugar de Isaac31, é um tipo (modelo) de Jesus Cristo, o filho de Deus
que é sacrificado.

· Linguagem Analógica: se constitui uma comparação, quando se usa um elemento para
fazer referência a outro. Assim, o matrimônio do profeta Oséias com uma prostituta32
é uma analogia à união de Deus com Israel, seu povo.

· Linguagem Simbólica: É como uma síntese da linguagem tipológica e da analógica. O
símbolo é uma das mais altas expressões de comunicação existentes. Ele serve de um
elemento para representar um dado ou verdade, pessoa ou fato em toda a sua
profundidade. Assim, quanto mais se desvela o símbolo, mais se pode descobrir sua
mensagem e riqueza. Na Sagrada Escritura há vários exemplos, mas o livro mais rico
de linguagem simbólica é o Apocalipse.

· Linguagem Histórica: Deve ser entendida de duas formas: enquanto Chrónos e
enquanto Kairós. O primeiro caso se refere a dados históricos, acontecimentos do
tempo. O segundo quando esses fatos históricos são interpretados à luz da experiência
com Deus e tornam-se assim dados que comprovam a ação divina ou intervenção de
Deus no suceder dos acontecimentos.

· Linguagem Querigmática: O anúncio é fundamental nesta linguagem. Nos Evangelhos
e de modo geral o Novo Testamento encontra-se o Querigma, o anuncio fundamental:
o da Pessoa de Jesus Cristo33.
30 Cf. DNC. 29-34; CR. 64-65.
31 Cf. Gênesis. 22, 1-13.
32 Cf. Oséias. 1, 2-25.
33 Cf. Atos dos Apóstolos. 2, 22-36.

· Linguagem Catequética:Encontram-se muitos textos na Escritura, nos quais a
educação da fé é o centro. Eles apresentam a experiência de Deus como centralidade
da vida e buscam educar o comportamento. Um exemplo clássico são as admoestações
de São Paulo à Timóteo34.

4. Critérios para utilizar a Escritura na Catequese:Como já se viu que a leitura da Escritura deve ser realizada à luz da Tradição. Assim
são apontados pela Constituição Dogmática Dei Verbum35, três critérios para a leitura da
Sagrada Escritura: atenção ao contexto e à unidade da Escritura inteira, lê-la dentro da
Tradição da Igreja e estar atento à analogia da Fé.

· Prestar atenção ao conteúdo e a unidade da Escritura inteira36: nela existem diferentes
linguagens, diversos enfoques, sentidos que se completam e intenções que podem não ser
o que é mais evidente. Sendo que todos esses não podem causar contradição, portanto, é
necessário compreender o estilo do autor e toda a história do texto e seu contexto. Um
exemplo claro é a passagem do Salmo 136: “Feliz quem agarrar e esmagar seus nenês
contra o rochedo!”37. Quem lê pensa que o salmista movido por ódio deseja a aniquilação
de pessoas inocentes, filhos dos dominadores. Mas no fundo não é contra a ambição
daquele povo que gera a escravidão, o sofrimento e a morte do povo de Deus.
· Ler a Escritura dentro da Tradição viva da Igreja38: A Escritura não é apenas um monte
de palavras correlacionadas, mas, viva e atuante na experiência dos homens e mulheres da
Igreja, durante os séculos. Assim deve ser compreendida a partir da experiência da Igreja
e não de visões ou interpretações particulares. Um exemplo é a passagem que narra o
encontro de Jesus com sua mãe e seus irmãos39. Ela muitas vezes é utilizada como forma
de depreciar a figura da mãe de Deus em sua vida virginal, como também o
relacionamento que tinha com seu Filho. Em primeiro porque se usa o termo ‘irmãos’, em
segundo porque se demonstra certo desprezo por parte de Jesus. Contudo, cabe salientar
duas coisas: a primeira é que o Evangelho de Mateus, originalmente, foi escrito em
hebraico, nesta língua, pouco evoluída, não se tem termos como: primo, sobrinho,
cunhado, tio, utilizando-se para designar tal, os termos: irmão, filho e pai. Em segundo
que a pergunta que Jesus faz não nega o amor a e a maternidade de Maria, mas sim
34 Cf. 2 Timóteo. 3, 14-17.
35 Cf. DV. 12, CIC. 111-114.
36 Cf. Mateus. 5, 17-19.
37 Salmo. 136, 9.
38 Cf. Mateus. 11, 27.
39 Cf. Mateus. 12, 46-50.
estende a toda comunidade cristã vínculo de parentesco que se dá por meio do critério:
“Fazer a Vontade do meu Pai”40.

· Estar atento à analogia da fé 41: Perceber a relação interna das Verdades da Fé que a
Escritura e as Verdades de Fé que o conjunto da Revelação expressa. Uma palavra se
remete a outra, sendo assim chave de compreensão. Um exemplo clássico é o último
versículo do Evangelho de São Mateus42, que nos traz a fórmula da Trindade e que
confirma a fé promulgada pela Tradição.

5. Os sentidos e os tipos de leitura da Escritura: Como vimos anteriormente a Sagrada Escritura possui um lugar especial na
Catequese, pois juntamente com a Tradição é a fonte da Revelação divina. Ela deve ser lida
respeitando os critérios anteriormente expressos. Assim, é necessário distinguir dois sentidos
existentes: o literal e o espiritual43.

- Sentido Literal: é o estudo científico da Sagrada Escritura, que se baseia na pesquisa
histórica, geográfica, lingüística e exegética.

· Sentido Espiritual: é a compreensão da Escritura como narração do projeto de Deus, de
sua ação e da caminhada do seu povo, ou seja, da Revelação. Possui se subdivide em três
tipos: alegórico (fatos ou acontecimentos se referem a Jesus), Moral (proposta moral ou
ética que nos ajuda em nossa conversão) e Anagógico (que fala sobre uma realidade
eterna, sobre nossa Pátria eterna).
Tendo ciência desta realidade, cabe ressaltar ainda os tipos de leituras que se pode
fazer a Sagrada Escritura.

  • Em especial abordar-se-á cinco tipos de leitura:

· Leitura Catequética: Não é realizada somente em encontros de Catequese de Iniciação
Cristã I e II. Mas em todos os momentos nos quais se deseja ensinar algo sobre a Palavra
de Deus.

· Leitura espiritual (Lectio Divina): Este tipo não se resume a uma simples leitura orante da
Sagrada Escritura, mas se constitui uma espiritualidade a partir da experiência com a
Palavra de Deus. Ela se constitui de quatro passos: Leitura, Meditação, Oração e
Contemplação. A leitura seria o primeiro porque gera uma compreensão do texto, da
mensagem que o escritor sacro quis transmitir. A Meditação é uma reflexão, a partir do
texto, de sua vida, do mundo e da Vontade de Deus. A Oração é um terceiro movimento,
40 Mateus. 12, 50.
41 Mateus. 13, 52.
42 Cf. Mateus. 28, 19-20.
43 CIC. 115-117.
pois depois que se compreende e reflete o texto, o coração entendendo-se necessitado de
Deus, o procura. A quarta fase, a contemplação, é mais que ver a Deus, é um estado de
união com Ele. É importante ressaltar que essas fases não são fixas, ou seja, se lê, medita,
ora e contempla, mas são sim um itinerário espiritual.

- Leitura Pessoal/Estudo: A finalidade não é necessariamente alimentar a fé, mas, a
compreensão do texto e sua história.

· Leitura Litúrgica: É aquela realizada durante as várias celebrações litúrgicas. Ela segue
um roteiro preparado para que as pessoas que participam regularmente possam ao poucos
aprender coisas e crescer na escuta da Palavra de Deus. É importante ressaltar que este
tipo não é uma simples leitura, mas uma proclamação. Não é a pessoa, mas o Senhor que
se serve dela para transmitir sua Palavra.

· Leitura Fundamentalista: A Igreja deixa bem claro que essa não é o tipo de leitura que
deseja. Não levar em conta a Tradição, a historicidade e o gênero literário pode gerar erros
de interpretações muito graves44.
Nesta perspectiva propomos um itinerário, um caminho a ser percorrido na Leitura do
Texto Sagrado. Sendo que para isso é necessário fazer algumas perguntas:

a) Autor: Quem elaborou o texto?
b) Destinatário: Para quem foi escrito o texto?
c) Finalidade do autor: Qual foi sua intenção?
d) Tema: Qual o conteúdo do que foi escrito ?
e) Código: Como foi escrito? Qual a forma? Quais as palavras?
f) Tempo: Quando foi escrito?
g) Destinatário atual: Quem lê atualmente o texto?
h) Apropriação: Como decifrar o código?
i) Finalidade do Leitor: Qual a intenção de quem lê?

6. Conclusões
A Sagrada Escritura é o livro por excelência da catequese. Por sua linguagem rica, sua
interpretação deve obedecer a critérios de interpretação que levem em conta: a unidade da
Escritura, seu vínculo com a Tradição e a analogia da fé. Deve-se ter em mente também que
seu sentido não é somente científico, mas também espiritual: compreendendo que seus
conteúdos expressam o projeto de Deus e a caminhada de seu povo, ou seja, como a
44 Cf. DNC. 114.
Revelação se realizou até Jesus Cristo. Por isto ela a Catequese se “alimenta e santamente se
revigora com a Palavra da Escritura”45.
Assim, para que toda essa realidade possa se tornar efetiva é necessário: uma formação
mais intensa dos catequistas sobre a Sagrada Escritura, uma pedagogia no uso desta com os
catequizandos para despertar o respeito e o amor pela Palavra, à busca dos catequistas pela
vivência de uma espiritualidade a partir da experiência da Lectio Divina, como também
adaptar essa com os catequizandos.

Acima de tudo, a Sagrada Escritura é um livro de Revelação.

Como nos diz um dos
Padres da Igreja Antiga, Orígenes:

Se tentares reduzir o sentido divino ao significado puramente exterior das
palavras, a Palavra não encontrará motivo para abaixar-se vindo ao teu
encontro e voltará para sua morada secreta que é uma contemplação digna
dela. Esse sentido divino tem asas, ele as recebe do Espírito Santo, seu guia
(...) Não querer elevar-se acima da letra, mas ocupar-se somente dela é sinal
de uma vida de mentira46.


7. Referências:
BÍBLIA DE JERUSALÉN: EDICIÓN PARA A LATINOAMÉRICA. Espanha: Desclée
De Brouwer, 1975.
BÍBLIA DO PEREGRINO. Trad. Ivo Storniolo, et alli. São Paulo: Paulus, 2002.
BÍBLIA SAGRADA. Trad. Centro Bíblico Católico. 114. ed. São Paulo: Ave Maria, 1997.
CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA. Petrópolis: Vozes, 1993.
CATEQUESE RENOVADA. Documentos da CNBB, n. 26. 37 ed. São Paulo: Paulinas,
2006.
CLÉMENT, Olivier. Fontes: os místicos cristãos dos Primeiros Séculos, textos e
comentários. Trad. Monjas beneditinas no Mosteiro de Nossa Senhora das Graças. Juiz de
Fora: Mosteiro da Santa Cruz, 2003.
CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA. São Paulo: Vozes. 1993.
COMPÊNDIO DO CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA. São Paulo: Paulus, 2005.
Constituição Dogmática: Dei Verbum. In: COMPÊNDIO DO VATICANO II:
CONSTITUIÇÕES, DECRETOS E DECLARAÇÕES. 29 ed. Petrópolis: Vozes, 2000.
DIRETÓRIO NACIONAL DE CATEQUESE. Documentos da CNBB n. 84. São Paulo:
Paulinas, 2006.
EXORTAÇÃO APOSTÓLICA: CATECHESI TRADENDAE. 15 ed. São Paulo: Paulinas,
2006.
45 DV. 24.
46 CLÉMENT. 2003. 92.
FIORES, Stefano; GOFFI, Tullo. Dicionário de Espiritualidade. 3. ed. São Paulo: Paulus,
2005.
HARRINGTON, Wilfrid. Chave para a Bíblia: a revelação, a promessa, a realização.
Trad. Josué Xavier. 7 ed. São Paulo: Paulus, 2004.
MCKENZIE, John. Dicionário Bíblico. 9. ed. São Paulo: Paulus, 2005.
NEGRO, Mauro. Verbum Domine: Revelação e Escritura na Catequese. São Paulo, [s.n.],
2006.
OUVIR E PROCLAMAR A PALAVRA: SEGUIR JESUS NO CAMINHO. A catequese
sob a inspiração da Dei Verbum. Estudos da cnbb, 91. São Paulo; Paulus, 2006.
ROCHA, Paulo, et alli. Lectio Divina: ontem e hoje . Salvador: [s.n.], 1989.
SILVA, Cássio Murilo. Metodologia da exegese bíblica. São Paulo: Loyola, 2005.
VADEMECUM PARA O ESTUDO DA BÍBLIA. Trad. José Afonso Beraldin. São Paulo:
Paulinas, 2000.
VEILLEUX, Armand. Lectio Divina como escola de oração entre os Padres do Deserto.
Rio Negro, [s.n.], 1995.

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“O Mistério da Trindade”

“Como foi possível que o Verbo de Deus, permanecendo em sua essência e nada apresentando de mutável, pôde sofrer algo da vida humana pela natureza inferior assumida?”

“O que o imundo espírito não podia sofrer, visto carecer de corpo mortal.”

“Santo Agostinho –*A Trindade* livro IV,18”

“Existe, uma natureza incriada que criou a todas as outras naturezas, pequenas e grandes,

superior sem dúvida, a todas as criou e assim,

superior à natureza racional e inteligente,

isto é, alma humana, que foi feita à imagem daquele que fez.

E esta natureza superior a todas as outras é Deus”

“É nele, com efeito, que temos a vida, o movimento e o ser” At 17,27

Santo Agostinho – A Trindade * (livro XIV - 16)

“A Trindade Interior”

“Recordação, conhecimento e amor de si,

sempre existente na alma”

“Quando a alma se pensa, ela se dobra sobre si mesma,

e então se produz uma trindade,

na qual já se pode perceber o que seja o verbo.

Este recebe sua forma no ato mesmo do pensamento.

A vontade enlaça esse verbo à memória.

E é aí que de preferência é preciso

reconhecer a imagem que procuramos”

Santo Agostinho – A Trindade * (livro XIV - 13)

ANALOGIA DA TRINDADE

“O Amor, o Amado e o Amante”

“O que são os três? Pois sabemos que são três:”

‘Pai, Filho e Espírito Santo’

“O Pai é sempre fonte, origem de toda a divindade,

de todas as coisas”

“O Filho é sempre aquele que vem do Pai.

É gerado por Ele desde sempre”

“Não foi criado, pois isso suporia um tempo em que não existiu.

Mas Ele existe desde sempre, desde sempre gerado pelo Pai”

“O Espírito é o sopro de amor do Pai e do Filho.

É como que o suspiro de amor

que procede do abraço dos dois”

*Santo Agostinho* – A Trindade

“DOGMA DA TRINDADE”

“O amor de Deus foi derramado em nossos corações

pelo Espírito Santo que nos foi dado”

“O que os olhos não viram, os ouvidos não ouviram e o coração do homem

não percebeu, foi isso que Deus preparou para aqueles que o amam”

“Deus porém, o revelou a nós pelo Espírito. Pois o Espírito sonda todas a coisas, até mesmo as profundidades de Deus. Quem conhece a fundo a vida íntima do homem é o espírito do homem que está dentro dele. Da mesma forma, só o Espírito de Deus conhece o que está em Deus”

“Quanto a nós, não recebemos o espírito do mundo, mas o Espírito que vem de Deus, para conhecermos os dons da graça de Deus” 1Cor 2,9ss

"Ofereça a Deus um sacrifício de confissão”

O que é a Verdade?

“A Verdade não é uma idéia,

um conceito ou um estado da mente,

mas esta manifesto em uma pessoa divina”

“Olhe para dentro de você,

para que serve a Verdade de fato?”

“Só a Verdade nos tornará homens, homens livres!”

“O homem não encontra a Verdade,

é a Verdade que encontra o homem”

“Por que a Verdade é á Pessoa

é Jesus Cristo o Filho de Deus!”

*Santo Ambrósio – Santo Agostinho*

“SANTO AGOSTINHO”

“E O DECLÍNIO DO IMPÉRIO ROMANO”

“SANTO AGOSTINHO”

“O mais santo dos humanos e o mais humano dos santos"

“Tu és Pedro... A Minha Igreja”

“A única Igreja instituída por Jesus Cristo”

Misericórdia, misericórdia, misericórdia eu te peço meu Senhor...

Misericórdia, misericórdia, misericórdia meu Senhor...

"Paz e Bem... E muita luz de Cristo Jesus"

Seja Bem Vindo! Navegue a Vontade!

"Se alguma coisa não estiver conforme à doutrina da Santa Igreja Católica, será por ignorância, não por malícia. Pela bondade de Deus, sempre estou, estive no passado e estarei no futuro sujeito a Santa Igreja. Seja ele sempre bendito e glorificado!"

Amém! Amém! Amém!

* De Santa Teresa D’Ávila*

"Livro Castelo Interior ou moradas" * Prólogo 4*

Que o Senhor esteja a tua Frente para te Conduzir...

Ao seu Lado para te Acompanhar...

Dentro de Ti para te Iluminar...

Atrás de Ti para te Proteger...

Sobre Ti para te Abençoar...

Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo

Amém! Amém! Amém!

Quando ninguém mais me escuta, Deus ainda me ouve. Quando já não posso falar com ninguém, nem invocar mais ninguém, a Deus sempre posso falar. Se não há mais ninguém que me possa ajudar, por tratar-se de uma necessidade ou de uma expectativa que supera a capacidade humana de esperar, Ele pode ajudar-me. Se me encontro confinado numa extrema solidão, Deus ainda me ouve. Deus ainda me ouve. Deus ainda me ouve... O orante jamais está totalmente só...


“O homem foi criado para uma realidade grande, ou seja, para o próprio Deus, para ser preenchido por ele...”


O desejo de Deus está inscrito no coração do homem, já que o homem é criado por Deus e para Deus; e Deus não cessa de atrair o homem a si, e somente em Deus o homem há de encontrar a verdade e a felicidade que não cessa de procurar


“Deus, por meio do seu poder que age em nós,

pode realizar muito mais do que pedimos ou imaginamos” Efésios 3,20

pomba

"Acolhei, ó Pai, as oferendas da vossa família,

e concedei aos que receberam o Espírito Santo

guardar o que receberam

e alcançar o prêmio eterno.

Por Cristo, nosso Senhor"

"Senhor Jesus Abençoai a Nossa Família"

“O zelo por tua casa me consome”

(Jo 2,14ss ; Sl 69,10)

“Se o Senhor não constrói a casa,

em vão labutam os seus construtores” Sl 127

“Senhor, eu não sou digno de que entreis

em minha morada

mas, dizei uma só palavra e serei salvo”

“Que o Corpo e Sangue de Cristo

nos guarde para a Vida Eterna”

Amém, Amém, Amém,

Sim! Verdadeiramente Jesus Cristo é o Senhor!